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O diretor-presidente da Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba, padre Flávio Jorge Miguel Júnior, apresentou os dados financeiros e sobre os atendimentos no hospital durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Sorocaba, na manhã desta quinta-feira, 20. O gestor da Santa Casa agradeceu o envio de emendas pelos parlamentares, tanto vereadores quanto deputados.

O gestor da instituição também falou sobre a previsão do aumento da oferta de leitos do hospital e solicitou aos vereadores o envio de emendas impositivas para o hospital e também para outras entidades, como as instituições que auxiliam pacientes de câncer e o próprio Gpaci (Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil).

De acordo com os dados apresentados pelo gestor da Santa Casa de Misericórdia, o custeio do hospital, orçado em R$ 12,7 milhões, provém das seguintes fontes de recursos: Governo Municipal, R$ 8,5 milhões; Governo Federal, R$ 2,9 milhões; e Governo Estadual, R$ 1,2 milhão. Para o tratamento do câncer são destinados cerca de R$ 2 milhões. 

Qualidade no atendimento – O diretor da Santa Casa enfatizou que os recursos de que dispõe a instituição estão sendo otimizados, ao mesmo tempo em que se busca a qualidade no atendimento. Padre Flávio citou como exemplo as próteses utilizadas na ortopedia do hospital, que são importadas. Destacou que, para um hospital do tamanho da Santa Casa, com quase 300 leitos, seu custo é relativamente baixo, o equivalente, para o município, ao custo de três unidades pré-hospitalares. 

Padre Flávio expressou seu anseio por um Restaurante Bom Prato nas proximidades da Santa Casa, uma vez que muitos familiares de pacientes oriundos de outras cidade e também de Sorocaba não têm dinheiro para se alimentar e alguns, ao receberem alta, não têm sequer roupa nem dinheiro para o remédio. 

O gestor da Santa Casa elencou alguns recursos recebidos pela instituição por meio de emendas parlamentares, falou das reformas e outras melhorias previstas no hospital, como o aumento do número de leitos, que deve chegar próximo de 320 no próximo ano, e disse que os investimentos previstos chegam a R$ 13 milhões.

Número de leitos – Respondendo a indagações sobre o número de leitos do hospital, Padre Flávio explicou que a Santa Casa contava com 60 leitos, mas dez deles eram leitos de Covid, que, com a expressiva redução da pandemia, ficaram majoritariamente ociosos, o que poderia levar a questionamentos por parte do Ministério Público. Com o fim dos leitos para Covid, a Santa Casa passou a contar com 50 leitos. 

O padre ressaltou, ainda, que, quando assumiu a Santa Casa, o hospital contava com 20 leitos de UTI e, hoje, tem 50. “Nossos leitos de UTI vão ser reformados e ficar de primeiro mundo”, contou. O padre também adiantou que estão sendo credenciados mais dez leitos e disse que, pelo número de habitantes, Sorocaba deveria contar com 70 leitos de UTI. 

Padre Flávio também disse que houve uma melhoria no envio de pacientes com câncer para atendimento na Santa Casa, depois de ter externado publicamente seu inconformismo com o fato de que, mesmo havendo vagas no hospital e havendo demanda reprimida nas unidades de saúde, esses pacientes não estavam sendo encaminhados para atendimento. 

Respondendo a indagação de vereadores, Padre Flávio disse que há demandas reprimidas nas áreas de atendimento de varizes, hérnias e vesículas e que o Executivo tem planos de realizar mutirões no próximo ano para suprir essa demanda. 

Por fim, o gestor da Santa Casa ressaltou o trabalho realizado por entidades de assistência a pacientes com câncer, como a Liga Sorocabana de Combate ao Câncer, a Asipeca (Associação de Socorro Imediato a Pessoas com Câncer), Abos (Associação Beneficente de Oncologia de Sorocaba) e o Projeto Peregrinos do Cuidar.

Ao cabo de sua explanação, o Padre Flávio Jorge Miguel Júnior foi parabenizado por diversos vereadores, que ressaltaram sua atuação à frente da Santa Casa de Misericórdia.

Fonte: Câmara Municipal de Sorocaba