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O vereador Marinho Marte (PP) concedeu entrevista à Rádio Câmara na manhã desta segunda-feira, 15 (também transmitida ao vivo pela TV Câmara), quando falou sobre seu trabalho no Legislativo.

O parlamentar cumpre o nono mandato consecutivo, tendo sido três vezes presidente da Casa. “Mais da metade de minha idade cronológica está aqui no Legislativo. Agora no final de outubro vou completar 38 anos de vida pública”, frisou.

Marinho também comentou o funcionamento da Casa durante a pandemia. “Essa situação obrigou a todos nós a mudarmos os meios e os costumes. É um vírus desconhecido, até a ciência tem dificuldade de lidar com ele. O Legislativo tem tomado todas as medidas visando garantir a integridade dos colaboradores, vereadores e população”, destacou, parabenizando a postura da Mesa Diretora e do presidente Fernando Dini (MDB) no combate à disseminação da Covid-19.

Sobre as sessões virtuais, primeiras na história do Legislativo sorocabano, o parlamentar disse que elas se contrapõem a natureza do parlamento. “É uma situação muito diferente da efervescência do plenário. O Legislativo é o único poder que debate suas ideias abertamente. A Câmara sem o plenário fica difícil de se compreender”, disse, lembrando que com a volta das sessões presenciais, foram retomados o debate, a apresentação de contrapontos e alternância de ideias – sempre com a manutenção de práticas de distanciamento e higiene.

O parlamentar também comentou sobre a dificuldade de conciliar a economia e a saúde durante o combate à pandemia. “As pessoas estão dentro de casa e quando se flexibiliza todos correm para a rua, porque já não aguentam mais ficar dentro de casa, e acaba ocorrendo as aglomerações e o aumento de óbitos, infelizmente”, afirmou. “As autoridades têm a dificuldade de cuidar da saúde pública em comunhão com a economia, porque a economia está matando muito mais pessoas, no sentindo de deixá-las sem emprego, sem condições de manter seus filhos”, completou.

Propostas – O parlamentar é autor de um projeto de lei, protocolado na Casa, suspendendo a cobrança de empréstimos consignados dos servidores por 120 dias. De acordo com o autor, em alguns municípios a proposta esbarrou na ilegalidade, ao computar responsabilidade aos bancos. “Daí porque no meu projeto eu coloquei que os departamentos de Recursos Humanos da Prefeitura, Funserv, Urbes, Saae e Câmara serão os responsáveis por essa suspensão”, disse, reforçando que não se trata de isenção e sim suspensão das parcelas.

Marinho Marte também está propondo, por meio de projeto de lei, a criação de uma linha direta entre a população e autoridades municipais ou suas assessorias, dentro do site da Câmara. O parlamentar disse que a população tem dificuldade para entrar em contato com os responsáveis pelos serviços públicos. “Temos que encurtar essa distância, entre aqueles que têm reponsabilidades no município e a população”, afirmou.

Segundo Marinho, a intenção é que todos os agentes públicos sejam acessíveis, assim como os vereadores. “O agente político mais próximo da população é o vereador, porque estamos andando nas ruas, a população encontra em uma feira livre, em um mercado”, disse.

O parlamentar lembrou ainda que está cobrando da Prefeitura a relação dos trinta maiores devedores de IPTU (pessoas físicas). “Temos que saber quem tem compromisso com o Município”, disse, citando que, apesar de muitas empresas estarem contribuindo por meio de doações durante a pandemia, outras poderiam colaborar de forma mais ativa.

Encerrando sua participação, o parlamentar falou sobre o progresso da Câmara nos últimos anos e o aumento de sua acessibilidade, inclusive por meio de novos canais de comunicação, como a Rádio Câmara. “Todo mundo diz que aqui é Casa do povo, então tem que deixar a população participar”, afirmou. A entrevista foi concedida ao vivo à Rádio e TV Câmara (Canal 31.3; Canal 4 da NET e Canal 9 da Vivo) e ficará disponível nas redes sociais da Casa.

Fonte: Câmara Municipal de Sorocaba