A implementação da chamada contribuição sobre a iluminação pública é tratada com cautela pelos vereadores. O projeto foi deliberado na sessão ordinária desta terça-feira (20) da Câmara Municipal e agora será submetido às comissões legislativas para receber pareceres.
Uma audiência pública para discutir o tema junto à população está marcada para a próxima segunda-feira (26).
A única certeza até ontem era que a proposta não será votada antes do recesso parlamentar, que deve acontecer ao longo da segunda semana de julho.
Mesmo entre os vereadores da base, a nova taxa é vista com desconfiança: é praticamente consenso que o momento não é o ideal para a criação de mais uma despesa.
Eles aguardam, porém, a divulgação de mais informações sobre a medida, como a possibilidade da extensão da oferta de serviços, incluindo a modernização do sistema de iluminação e sinal de internet sem fio para toda a cidade.
Aliados da base, Hudson Pessini (PMDB) e Rodrigo Manga (DEM) se disseram indefinidos quanto ao projeto.
O mesmo relatou o tucano José Francisco Martinez. O PSDB, aliás, deve fechar questão para votar a proposta.
Já na oposição, o cenário está definido. Os quatro vereadores devem votar contra a proposta, tendo alguns deles se manifestado contra a iniciativa na sessão de ontem. “Não é uma contribuição a partir do momento que há multa para quem não pagar.
É uma obrigação. Mais uma forma injusta de onerar a população sorocabana”, disse Fernanda Garcia (Psol), lembrando que o Município registrou superávit no primeiro quadrimestre do ano.
Já Iara Bernardi (PT) ironizou, fazendo alusão a um áudio do prefeito José Crespo criticando a possível instituição da CIP pelo serviço no governo Pannunzio, quando ele inclusive apresentou um projeto para proibir a cobrança. “O vereador Crespo me convenceu”, declarou.
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul